segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Programa Informatizado - Pesquisa

O que queremos que conste no Programa Informatizado?
Enviar sugestões para o email: coordenadores.cedic@gmail.com
até dia 06/11/2009

Plano de ação - CEDIC - Modelo

Acesse:
https://docs.google.com/fileview?id=0B5bCBRcibCo3OWM4ZTM4ODMtMzMwOC00ZWI3LTgxZDctOTdlYzcxZTJhYTMw&hl=pt_BR

REUNIÃO - COORDENADORES CEDIC - 23/10/2009

1) PLANOS DE AÇÃO
Votação
Participação: 33%
Construção: 77%
Organização: 23%

Aplicação
Sugestão da Equipe do DEPED “Eu e minha luneta”

2) NORMATIZAÇÃO
· Programa Informatizado
O que queremos que conste no Programa Informatizado?
DURAÇÃO: 08h00min às 09h00min


CAFÉ
DURAÇÃO: 09h00min às 09h30min



3) OFICINA:
· Tema: Leitura
· Título: Contação de histórias.
· Palestrante: Profª Ana Maria Pinheiro de Melo
(professora das Escolas Municipais “Profª Noemia Real Fidalgo” e “Profº Mario Portes”)
Obs.: Histórias: A descoberta da Joaninha; A história das Chapeuzinhos; Era uma vez um reino muito parado; A lenda da lenda do macaco mágico; Cata Coletiva.
DURAÇÃO: 09h30min às 11h30min

4) FECHAMENTO: Próxima reunião: 13/novembro

Era uma vez um reino muito parado


Era uma vez um reino muito parado
Governado por um rei muito folgado
Onde vivia um povo muito desanimado
Isso tudo por causa de uma tal lei
Que um dia um certo rei
Sem ter o que fazer
Começou a inventar
Chamou o primeiro ministro
E mandou dizer ao povo
Que era proibido cantar
No começo todos reclamaram
Mas depois se acostumaram
E mais tarde se esqueceram
Por que todos emudeceram
E assim por muitos anos
Todos ali viveram

Crianças não brincavam
Porque não sabiam cantar
Adultos não rimavam
E tinham medo até de conversar

O silêncio era tão grande
Que até bicho obedecia
Passarinho não cantava
Cachorro não latia
Vaga-lume nem piscava
Ninguém mais tinha alegria
Era só monotonia

O sapo que não lava o pé
Com chulé continuava
Mas também não coachava
E a cigarra coitadinha
Reparou o seu defeito
Não achando outro jeito
Começou a trabalhar
E a formiga achou graça
Da desgraça da amiga
Que não podia mais cantar

Durante muito e muitos anos
O único barulho que se ouvia
Era o ronco do rei
E como roncava!
E o povo não dormia
Porque o barulho irritava
Mas temendo o perigo
Com medo de um castigo
Também não reclamava
Até que um jovem curioso
Destemido e corajoso
Resolveu se aventurar
Saiu pelo sertão
Procurando solução
Pro seu reino alegrar

E foi assim
Andando sem direção
No meio da solidão
Que um barulho ele escutou
Chegando cada vez mais perto
Um homem ele encontrou
- Quem é você? E de onde você vem?
- Eu sou um músico e vim do Ceará.
- Um músico? Do Ceará? E o que sabes tu tocar?
- Eu sei tocar pianolá.
- E como se toca pianolá?
- Assim: Piano piano piano lá, piano piano piano lá (bis)
- Que legal!
Você pode ajudar
O meu reino a encontrar
Novamente a alegria
E esquecer a monotonia

E lá se foram os dois pelo caminho
Quando ouviram outro barulho
- Quem é você? E de onde você vem?
- Eu sou um músico e vim do Ceará.
- Um músico? Do Ceará? E o que sabes tu tocar?
- Eu sei tocar Bumbolá.
- E com se toca Bumbolá?
- Assim: Bumbo bumbo bumbo lá, bumbo bumbo bumbo lá (bis)
- Junte-se a nós amigo e vamos cantar – disse o jovem animado.
E lá se foram os três pelo caminho
Tocando e cantando
Piano piano piano lá, piano piano piano lá (bis)
Bumbo bumbo bumbo lá, bumbo bumbo bumbo lá (bis)

De repente ouviram um barulho diferente
- Quem é você? E de onde você vem?
- Eu sou um músico e vim do Ceará
- E o que sabes tu tocar?
- Eu sei tocar flautalá.
- E como se toca flautalá?
- Assim: flauta flauta flauta lá, flauta flauta flauta lá (bis)
E nem foi preciso chamar
Lá se foram os quatro pelo caminho
Sempre a cantar
Piano piano piano lá, piano piano piano lá (bis)
Bumbo bumbo bumbo lá, bumbo bumbo bumbo lá (bis)
Flauta flauta flauta lá, flauta flauta flauta lá (bis)

Violino
Corneta

E assim chegaram a cidade
Numa tal felicidade
Que o povo se assustou
No começo estranhou
Mas logo se acostumou
E começou a cantar

Piano piano ...

O rei ouvindo aquilo
Parou de roncar num instante
Chamou o primeiro ministro
E lhe perguntou no ouvido
Porque havia proibido
Algo tão contagiante
Tão alegre e deslumbrante?

O primeiro ministro não soube responder
Disse que não havia um por que
E o povo também não sabia
Só sabia obedecer

Graças ao jovem curioso
Destemido e corajoso
Hoje o povo não aceita
Qualquer lei sem contestar
E o rei que não invente
Outra lei só por inventar

Piano piano piano lá...

Adaptação do livro “Uma boa cantoria” Ana Maria Machado

A lenda da lenda do macaco mágico

Você já ouviu falar na lenda do macaco mágico? Se disser que ouviu é mentira porque ela não existe, por isso é a lenda da lenda, uma história inventada pra contar uma história que nunca existiu, entendeu? Ficou meio confuso não é? Mas deixa isso pra lá e presta atenção na história.
Era uma vez uma tribo indígena que ficava bem no meio da selva onde nenhum homem branco tinha chegado.
Os índios daquela tribo eram muito sossegados. Sossegados até demais. Como era uma tribo isolada não guerreavam com ninguém e também não tinham muitos rituais. O único ritual que faziam era escolher com quem os filhos se casariam desde criança. Ah! E tinham uma mania de sair correndo e se esconder quando começasse a chover. Mas quando a chuva passava tudo voltava ao normal.
O barulho da mata era encantador e para os índios aquele lugar era sagrado.

Era índio dançando
Passarinhos cantando
Folhas se mexendo
Vento uivando
Riacho correndo

E assim acontecia quando tudo ia bem. Mas de repente, não se sabe por que, um barulho estremecia e todo mundo corria. Corria e se escondia, com medo não sei do que.
Quem saísse pra pescar era pescado , quem saísse pra caçar era caçado, e todo mundo apavorado ficava bem quietinho e esperava o barulho passar.
E quando ele passava tudo voltava ao normal:

Era índio dançando
Passarinhos cantando
Folhas se mexendo
Vento uivando
Riacho correndo

Você deve estar pensando que esta história está errada, não é? Onde já se viu índio ter medo de chuva, e onde está o macaco mágico dessa história? Pois agora eu vou contar.
“ Há muito tempo atrás um feiticeiro se apaixonou por uma bela índia e quis se casar com ela, mas ela era apaixonada por outro índio e não aceitou o seu convite. Enfurecido e enciumado o feiticeiro fez um feitiço para que ela se apaixonasse por ele mas o amor dos dois era tão grande que o feitiço não funcionou. Então o feiticeiro ainda mais enfurecido e mais enciumado jogou um feitiço naquela tribo acabando com todo sentimento de amor que existisse. E como nesse dia estava chovendo muito todos ficaram com medo da chuva.”

-E o macaco?

O macaco entra agora. Como todo feitiço que se preza esse também podia ser desfeito. Bastava encontrar o macaco mágico. Um macaco que andava de cabeça para baixo. Só ele tinha a fórmula do amor. Mas o feiticeiro era tão esperto e tão maldoso que no último minuto inventou que só um casal apaixonado poderia ver o tal macaco. E isso aconteceu há tanto tempo atrás que todo mundo já estava acostumado a se casar por casar e era tudo tão sem graça que dá vontade de chorar.
E essa história até poderia terminar aqui se não fossem as crianças. E criança espoleta tem em tudo quanto é lugar, até nessa tribo sem graça.
Cauã e Saíra eram amigos inseparáveis e já eram prometidos um para o outro desde o nascimento. Brincavam e aprontavam o dia todo mas não sentiam nada um pelo outro mas também nem sabiam que não sentiam nada. Os dois cresceram ouvindo de seus pais que a chuva era seu pior inimigo, que coisas horríveis aconteciam lá fora e o trovão era um grande dragão que cuspia fogo e iluminava o céu.
Cauã e Saíra ouviam aquelas histórias e ficavam com muito medo, mas também ficavam cada vez mais curiosos.
Um dia os dois indiozinhos estavam brincando na mata ouvindo seus barulhos.

Era índio dançando
Passarinhos cantando
Folhas se mexendo
Vento uivando
Riacho correndo

Quando de repente, ouviram o barulho do grande dragão. Por um momento pensaram em sair correndo, mas estavam muito longe de casa e não conseguiriam chegar a tempo, então resolveram se esconder embaixo de uma grande árvore e lá ficaram, esperando que o pior acontecesse. Ouviram barulhos estranhos e sentiram medo. O barulho da chuva nas copas das árvores não era tão ruim, mas o grito do dragão era apavorante e estava chegando cada vez mais perto.
E assim o tempo foi passando e nada do terrível dragão chegar. Cauã e Saíra já estavam cansados e já não estavam mais com medo. Começaram a perceber que o barulho acontecia depois que o céu se iluminava e começaram a achar que o dragão era invisível e não era tão mal assim. Resolveram então sair para brincar na chuva e descobriram como é bom sentir o cheiro da terra molhada, correr e brincar sem medo de nada.
A chuva passou e os dois foram correndo para casa avisar seus pais que o dragão não existia e a chuva era boa. Quando atravessaram a ponte tiveram a visão mais colorida que alguém poderia ter, o dragão além de não ser do mal, ainda deixava de presente a cada chuva uma mistura de cores no céu que formava um arco de uma ponta à outra.
E foi assim, que os dois se olharam e pela primeira vez se viram de uma forma diferente, sem medo, meio colorida, com ternura. Era o amor que nascia no coração dos dois.
E desse jeito conseguiram mostrar ao seu povo que a chuva era boa e o amor existia.

-E o macaco mágico?

Ah! O macaco mágico. Eu já ia esquecendo dele. Em cima do arco-íris uma nuvem formou um desenho. Um desenho mágico que parecia um macaco de cabeça para baixo.
Essa é a história de dois jovens que com medo da chuva encontraram o arco-íris, e com a beleza do arco-íris descobriram o amor.
E tudo voltou ao normal e quando chovia, ninguém mais se escondia.

Era índio dançando
Passarinhos cantando
Folhas se mexendo
Vento uivando
Riacho correndo
Trovão trovejando
Chuva caindo
Índio dançando.


FIM

Utilizar instrumentos para sonorizar as partes que estão em negrito.

Dedico essa história à minha Filha Isabelli , que ainda tem medo da chuva.

Com essa história podemos fazer uma comparação com os povos ou países que vivem em guerra, que se escondem atrás de seus tanques e mísseis e não vêem no outro a possibilidade do amor. Enfrentam seus dragões e não enxergam o arco-íris, não enxergam os desenhos das nuvens, não sentem a presença de Deus.

Ana Maria

História das Chapeuzinhos

Era uma vez uma linda menina que ia passeando pela floresta para levar uns doces para sua vovozinha que não tinha tomado a vacina contra a gripe e estava gripada. O nome da menina era Chapeuzinho Amarelo, pois era tão medrosa que ficava amarela de medo, era também muito tímida e as vezes ficava vermelha de vergonha.
A Chapeuzinho Amarelo era prima da Chapeuzinho Verde que era Prima da Chapeuzinho Vermelho.
Então, como eu ia dizendo, a Chapeuzinho Amarelo ia passando pela floresta quando de repente encontrou a Chapeuzinho Verde que estava junto com a Chapeuzinho Vermelho. E elas perguntaram para a Chapeuzinho Amarelo:
_ Onde você vai?
E a Chapeuzinho Amarelo respondeu:
_ Levar esses doces para a vovó que está gripada.
E a Chapeuzinho Vermelho perguntou:
_Podemos ir com você?
_ Claro que podem.
E lá se foram, a Chapeuzinho Verde, a Chapeuzinho Amarelo e a Chapeuzinho Vermelho.
No caminho encontraram com o Lobo Mau que estava vestindo uma camisa da portuguesa verde vermelha e branca. E ele perguntou?
_ Onde vocês estão indo?
E a Chapeuzinho Verde respondeu junto com Chapeuzinho Vermelho:
_ Estamos indo levar esses doces para Vovozinha que está gripada.
_ Porque vocês não levam também umas maçãs. E mostrou uma árvore cheia de maçãs argentinas. Aquelas bem verdes, porque as maçãs argentinas podem ser vermelhas bem vermelhas ou podem ser verdes também.
E a Chapeuzinho Verde respondeu junto com a Chapeuzinho Amarelo que a vovó não gostava de maçãs verdes porque as maçãs verdes são muito azedas e as maçãs verdes tem um gosto meio ruim e as maçãs vermelhas eram mais gostosas porque as maçãs vermelhas são mais doces.
Então o Lobo que estava com aquela camisa verde, vermelha e branca resolveu deixar de lado aquelas três meninas de chapeuzinhos verde, vermelho e amarelo, pegou as maçãs vermelhas, as verdes e as vermelhas também e cada um seguiu seu caminho e foram verdadeiramente felizes para sempre.


Colaboração da Professora Ana Maria Pinheiro de Melo
E.M. “Profª Noemia Real Fidalgo”